O documento foi assinado pelos diretores gerais de Itaipu,
Jorge Samek (Brasil) e James Spalding (Paraguai), e pelo presidente da Renault
do Brasil, Olivier Murguet, em uma solenidade no Hotel Unique.
O futuro da
mobilidade
“Esse é o começo de uma parceria que renderá muito sucesso
no futuro”, ressaltou Murguet. “Para nós, Itaipu é um centro de excelência em
energia, mas muito mais do que meramente gerar, Itaipu tem também uma visão de
futuro para a mobilidade”, disse.
Segundo Samek, as duas empresas se unem em um momento
oportuno, que clama por soluções sustentáveis para os principais problemas
urbanos. “Hoje estamos observando movimentos internacionais preocupados com a
questão da mobilidade e da sua relação com as emissões de dióxido de carbono,
que fazem parte também das preocupações da Itaipu e da Renault”, destacou.
“Para nós, da Itaipu, é uma honra formalizar essa parceria
com a Renault”, disse Samek, lembrando ainda que a montadora tem uma fábrica no
Paraná, Estado onde fica a margem brasileira da Itaipu.
Spalding lembrou que o Paraguai tem disponibilidade de
energia e está aberto a investimentos de outros países – sobretudo agora, com a
entrada em operação da linha de 500 kV entre a usina de Itaipu e Assunção, no
Paraguai, construída com recursos do Fundo para a Convergência Estrutural do
Mercosul (Focem). “Estamos seguros de que também poderemos oferecer condições
favoráveis para a instalação de novas fábricas”. A linha de 500 kV foi
energizada neste domingo (6) e passa por ensaios de confiabilidade, que devem
durar 30 dias.
O acordo
Os principais pontos do acordo contemplam estudos para a
elevação gradual do índice de nacionalização dos componentes utilizados nos
veículos elétricos da Renault e a preparação de subfornecedores de peças para o
mercado regional.
A partir de agora, a Renault também passa a integrar
oficialmente o time de parceiros do Programa Veículo Elétrico (VE), iniciativa
liderada pela Itaipu Binacional e a empresa suíça Kraftwerke Oberhasli AG/KWO.
“O acordo com a Renault une grandes empresas, líderes em
seus segmentos, que têm o desejo de desenvolver tecnologias limpas, que não
agridem o meio ambiente com a emissão de gases poluentes”, afirmou Samek.
“Tenho a convicção de que o veículo elétrico estará presente no futuro da
mobilidade”, completou.
“A Aliança Renault-Nissan está investindo 4 bilhões de Euros
no desenvolvimento dessa tecnologia. Acreditamos que o futuro da mobilidade
passa, necessariamente, por veículos zero emissão”, afirmou Murguet.
O engenheiro Celso Novais, chefe da Assessoria de Mobilidade
Elétrica Sustentável de Itaipu, destacou que o acordo prevê estudos de
nacionalização de componentes e a identificação de futuros fornecedores no
Brasil e no Paraguai.
“Queremos aproveitar o grande know-how da Renault em
veículos elétricos para ajudar a desenvolver um braço importante da cadeia
produtiva, que é o segmento de subfornecedores de peças”, disse o engenheiro.
“Nós decidimos
começar a parceria pelo Renault Twizy porque a montagem desse modelo é menos
complexa. Apesar disso, é um carro que agrega muita tecnologia e inovação,
sendo um autêntico city car, feito para duas pessoas. Assim, teremos menos
dificuldade para a absorção da tecnologia”, disse Novais.
Na Europa, o Twizy compõe uma categoria especial de
veículos, para uso exclusivo em cidades e rodovias de perímetro urbano. Os
modelos não podem ser utilizados em rodovias expressas.
No mercado internacional, a Renault já lançou os modelos
elétricos Fluence ZE, top de linha; o comercial leve Kangoo ZE (cargo); o hatch
Zoe; além do Twizy.
Foto: Caio Coronel
Fonte: Assessoria
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